sábado, 6 de agosto de 2011

É ASSIM QUE OS RICOS GARATEM UM LUGAR NO CÉU?


Programa de Emergência Social (PES) agora apresentado ultrapassa as piores expectativas, e muito por baixo. 
A lógica é um clásssico: esmolar aos pobrezinhos. Os pobrezinhos, tão engraçados, não tendo pão podem comer merda proveniente das cozinhas das instituições do costume (que não tem dinheiro não tem vícios, e a ASAE é um vício).
Os pobrezinhos, tão engraçados, receberão em média 11 euros mensais de esmola. 
Uma fartura.
Quem recebe RSI passa a trabalhar (tramando o mercado de emprego, mas ninguém repara nisso, e há que meter os malandros a render).
A lógica disto tudo é muito simples: para baixar os custos de produção aumenta-se o desemprego, logo corta-se nos salários (em breve concorreremos com o mercado asiático).  
É claro que não é por aí que se aumenta a competitividade económica do país, mas sempre crescem os lucros. 
Por sua vez os que vêem os seus lucros aumentados dedicam-se à caridadezinha. 
No grupo Jerónimo Martins detectou-se um número elevado de roubos de funcionários nos supermercados.
Perceberam que essa gente o faz porque tem fome e resolveram fazer um plano social para ajudar na alimentação de 1100 trabalhadores.

Fantástico!

Posso dizer uma coisa?

Porque raio não lhes pagam salários decentes?

Se o fizessem, essas pessoas não precisavam de roubar.
A pergunta faz sentido. 
Mas o sentido desta gente é outro: aproveitemos a crise, os pobrezinhos que se lixem, e deixem-nos brincar à caridadezinha
Um verdadeiro dois em um: é que assim os ricos garantem um lugar no céu. 
Ámen.

João

11 comentários:

Anónimo disse...

Porque é que na loja de Castelo de Vide há uma empregada que não veste a farda?

Anónimo disse...

Já reparei que neste estabelecimento comercial do grupo Jerónimo Martins há um menina que se destaca em relação aos outros trabalhadores, além de não envergara farda, não faz nada, limita-se a passear na loja. O trabalhinho é para ela uma grande alergia. É caixa, mas nunca está lá. Os clientes que lhe pagam ordenado que esperem. A especialidade dela é fazer o mínimo possível e dar graxa à responsável da loja que lhe vai aparando o jogo.

Anónimo disse...

De Janeiro a Janeiro, pagamos mal o ano inteiro.

António P.S. disse...

Aparentemente, alguém na Jerónimo Martins pensou que divulgar um plano da empresa para garantir comida e apoio social a 1100 dos seus trabalhadores seria uma boa manobra promocional.
Em tempos de crise económica, quem demonstrar as melhores credenciais sociais parte na posição da frente no ranking da boa vontade dos fregueses.
Aparentemente, ninguém na Jerónimo Martins parece ter parado para reparar que uma empresa ter nos seus quadros 1100 pessoas que, trabalhando, não conseguem sair da miséria mais absoluta, pagar as despesas de alimentação e saúde diz mais sobre os salários praticados pela mesma do que da incapacidade congénita dos seus trabalhadores (desculpem, queria dizer colaboradores) em gerir o seu dinheiro.
Segundo um dos responsáveis por este grupo retalhista, um dos mais lucrativos em Portugal, as 1100 pessoas em causa revelam um “elevado desconhecimento dos mais elementares princípios da gestão de um orçamento doméstico", e, como tal, decidiu tomar em mãos o assunto.
Aumentar os salários que, de acordo com o sindicato, se ficam em média por uns indigentes 540 euros na empresa?
Nada disso.
Ensinar quem pouco mais ganha do que o preço do aluguer de uma pequena casa a saber gerir os seus rendimentos.
É preciso topete.
Todas as crises revelam as suas oportunidades.
Os empresários deste cantinho, fartos dos baixos salários que usaram como principal argumento concorrencial, entreviram na persistência da austeridade um momento chave de mudança cultural e social que lhes garante a oportunidade de tornar as suas “práticas sociais” num chamariz comercial.
Supostamente, devemos estar todos agradecidos à magnifiência de quem, pagando miseravelmente a quem trabalha mais de 40 horas, num trabalho desgastante e por turnos, ainda instala uma sopa dos pobres dentro de portas.

Anónimo disse...

Não me digam que a funcionária em causa é aquela besta que andou, andou, andou, a... para tirar o código?
A gaja tem mesmo a mania que é importante?
Só a besta da chefe é que gosta que ela lhe engraxe os sapatos todos os dias.

Anónimo disse...

Sabe bem pagar tão pouco aos funcionários, perdão colaboradores.

Lopes de Sousa disse...

A menina é a maior...
Hoje segunda-feira dia 8 de agosto mais uma vez trabalhou, perdão não fez ponta de corno, sem a farda vestida.É ver todos os e as funcionárias de farda a menina continua sem farda e sem placa de identificação.

Anónimo disse...

Há grandes vidas...faz fama e deita-te á sombra.

Anónimo disse...

Há grandes vidas...faz fama e deita-te á sombra.

Anónimo disse...

A gaja andara lamber a cona à chefe.

Anónimo disse...

Ai elas gostam?