sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O GRANDE ... ROLHA!

Mário Soares aos 88 anos é entrevistado por Clara Ferreira Alves, uma conformista do jornalismo nacional prendada pelo patrão falido a frequentar as reuniões do círculo Bildeberg. 
O que diz Mário Soares? 
Que come bem e do melhor;vive tranquilo e no melhor ambiente e está aí para as curvas.
A entrevista é essencialmente política ( falta uma entrevista na qual lhe perguntem directamente e sem rodeios se sabe alguma coisa acerca do seu amigo Carlucci e que tipo de parceria fez com o indivíduo) e fatalmente aparece a distinção entre esquerda e direita e capitalismo, socialismo e agora o liberalismo e o neoliberalismo.

Mário Soares, ao que tem vivido e experimentado na política já devia saber melhor estas coisas e não andar a fazer a sempiterna figura de rolha que vai com as marés.

Na entrevista, a dado passo afirma : " O capitalismo é o único sistema que temos e não temos nada que o substitua. O que precisamos é que seja ético, com princípios, como era no início". 
NO início, agora e sempre, amén. 
Com a ressalva de que no início o capitalismo era tão ético que até originou o...socialismo. 
Marx escreveu Das Kapital para mostrar esse lado ético do capitalismo. 
Mário Soares não se lembra porque não viveu esse tempo. 
Mas viveu outros.


Em 1976, depois de ter vindo de França onde sobreviveu na oposição, com apoio de capitalistas banqueiros, dirigiu os destinos do país. 
Logo a seguir à intervenção do FMI, por os seus governos terem afundado as Finanças públicas, só apostava no socialismo. E dizia então à Flama, nesse ano, que manteria as nacionalizações de 1975 do tempo do PREC comunista e que eram o oposto ao capitalismo, -que agora acha ser o único sistema que existe-, o que nos prejudicou seriamente durante décadas e capou as veleidades de termos um país a funcionar economicamente como a Espanha, por exemplo. Só no final dos anos oitenta, Mário Soares mudou de ideias quando a isso, mas como se lê, nem tanto. 
O indivíduo adapta-se conforme as conveniências políticas. 
Sabe nada de nada de economia. 
Nada de nada de educação. 
Nada de nada de justiça. 
Nada de nada de quase tudo menos uma coisa: politiquice.



E que dizia então, à Grande Reportagem de 1985 e durante mais uma grave crise económica, com fome em Setúbal e despedimentos nessa área? 
Pois dizia o que lhe era favorável. 
Como era governo ( foi corrido pouco depois com a maior derrota que o PS sofreu, já com Almeida Santos, o Sombra, a dirigi-lo) dizia que essa coisa do Estado Social era um problema porque não havia dinheiro no Estado e que portanto era preciso reduzir e simplificar o Estado.
Nessa altura, em relação às falências em catadupa que a sua política económica provocou, o que dizia? Simplesmente que em Portugal até essa altura não tinha havido falências , "praticamente", e que "isso é um erro". O erro era não haver falências e ainda dizia mais: " os postos de trabalho não podem ser mantidos artificialmente à custa do erário público". 
Quando lhe falavam na fome, dizia que sempre tinha havido fome- " Há pessoas em Portugal que vivem mal? Pois há! E não houve sempre? Há pessoas que passam necessidades? Pois há! E não passaram sempre?"- É ler...clicando na imagem abaixo.

Repare-se: em 2011 acha que o Estado deve impor-se de feitio e peito economicamente feito para desbaratar o neoliberalismo. 
Em 1976, achava que o Estado gordo é que era bom para a economia, tal como hoje. 
Em 1985 que não, e que patati patata, miséria tinha havido sempre e por isso não era admiração. 
É ler essa parte da entrevista para ver a rolhice deste indivíduo tido como o guru de jornalistas tipo Ferreira Alves.

Em 1986, quando venceu as eleições, declarou-se o vencedor dos pobres! 
É preciso ter lata! 
Mas quem é que ainda dá trela a um tipo destes?
E para quê?
 
José
 

8 comentários:

Anónimo disse...

Os portugueses,vítimas destas quadrilhas partidárias e destes corruptos mafiosos,exigem justiça.
Exigem que sejam confiscadas as fortunas offshóricas destes criminosos que usaram o poder político e o património do Estado para colocar a bom recato somas astronómicas,delapidando o erário público.

Maria disse...

Este homem é, além de outras coisas, um aldrabão inveterado. Muito mais e antes de Sócrates encarnar esta revoltante figura como a sua segunda pele.
Se bem que muitos outros vigaristas e embusteiros, tanto quanto estes, houve e há a passearem-se alegremente por aí.
Este homem traiu Portugal desde o primeiro minuto em que aqui pôs os pés.
Vendeu o país ao capitalismo mundial por meia dúzia de patacas. Mentiu desavergonhadamente aos portugueses ao anunciar que finalmente com a 'democracia' íamos entrar numa nova era de liberdade, abundância e felicidade para todos.
Proclamou que com ele, isto é, graças ao seu 'democrático' partido, Portugal iria pertencer de pleno direito ao clube dos países mais desenvolvidos e ricos e por fim, com a entrada na 'Europa' (pois com certeza, até lá nós continuaríamos noutro continente...) o nosso país iria tornar-se num autêntico paraíso na terra.
Este homem é um criminoso nato, tal como uma vez a conhecida Cinha Jardim o classificou e com toda a razão - ele será um dos que terá estado moralmente por detrás do assassinato do pai, patriota este que lhe iria fazer muita sombra mais tarde (e não só Jorge Jardim mas outros mais, como hoje sabemos), quando ele tomasse d'assalto as rédeas do poder; os patriotas tinham que ser afastados nem que fosse à força, como de facto veio a suceder com muitos deles - e um traidor dos piores que Portugal teve a infelicidade de ver nascer no seu solo.
Esta personagem é oportunista, velhaca, mentirosa, hipócrita e cheia maldade. Ele, mesmo antes de se grudar à governação do país para sempre (e não tendo cargos políticos há muito tempo, mesmo assim continua a ditar as políticas de todos os partidos 'democráticos' consentidos, como sempre o fez e assim continuará até morrer) alcandorou-se ao cargo de representante máximo da maçonaria mundial no nosso país, que ele e todos os seus camaradas de percurso odeiam de morte, com o fito último de o destruir.
Cargo a que se dedicou a tempo inteiro com empenho e verdadeira paixão em Paris, vindo mais tarde, quando lhe abriram as portas do país de par em par, a aplicar a cartilha à letra no nosso infeliz Portugal.
Ele limita-se a desempenhar o papel que lhe foi confiado pela maçonaria mundial há muitas décadas e como bom maçon e melhor aluno, tem-no representado às mil maravilhas.
Vê-se pelas contrapartidas que ao longo de quase quatro décadas tem recebido em quantidades industriais.
Dizem que se nasce traidor.
O povo também diz que uma vez traidor, pra sempre traidor.
É o caso deste ganancioso.
Só de pensar que acreditei neste velhaco, eu e milhões de portugueses, tenho a certeza absoluta, julgando-o uma pessoa íntegra, honesta e patriota, votando nele para presidente da república (minúsculas propositadas, ele não merece outra coisa), provoca-me vómitos até à bílis.
Lá que este maldito soube levar ao engano milhões de portugueses com a sua sabida astúcia e puro cinismo, lá isso soube.
Até isto ele aprendeu pela estranja, onde se especializou na arte de trair a Pátria, tendo de certeza obtido nota máxima.
Arrepender-me-ei para todo o sempre pelo tempo que desperdicei votando neste velhaco.

Anónimo disse...

"Este é o maior fracasso da democracia portuguesa


Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana,para a voz da rua.

A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante a sua longa carreira politica.

A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo em Paris.

A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma "brilhante" que se viu, o processo de descolonização.

A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.

A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.

continua...

Anónimo disse...

continuação...
A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.

A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os "dossiers".

A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.

A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.

A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com "testas de ferro" no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.

A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.

A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume no caso Emaudio e no caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.

A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, "ContosProibidos", que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.

continua...

Anónimo disse...

continuação...
A lucidez que lhe permitiu passar incólume às "ligações perigosas" com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).

A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países ("record" absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França -21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 milquilómetros).

A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal.

A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.

A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da Republica.

A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e CampoGrande.

A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.

A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.

A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente no incêndio dos Paços do Concelho.

A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a cinco milhões de Euros.

A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de dois milhões e meio de Euros, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara de Lisboa.

A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.

A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República,na... Fundação Mário Soares.

A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.

A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedadeda família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era claro está... João Soares.

A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do "Público", José Manuel Fernandes, a investigação/jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.

continua...

Anónimo disse...

continuação...

A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do ParlamentoEuropeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.

A lucidez que lhe permitiu considerar Jose Sócrates "o pior do guterrismo" e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.

A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.

A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.

A lucidez que lhe permitiu ler os artigos "O Polvo" de Joaquim Vieirana "Grande Reportagem", baseados no livro de Rui Mateus, e assistir,logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.

No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai.
Vem e vai.
Vem e vai.
Vai... e não volta mais.

Anónimo disse...

Este gajo é um vigarista do maior que há.

Anónimo disse...

Um tiro nos cornos deste cabrão!
Já!