Quando um primeiro-ministro coloca um imposto ao nível de um refrigerante, torna-se ele próprio um detergente.
Mas há dislates que são como nódoas: não se limpam.
Quando se equipara um refrigerante ao leite e ao pão, para defender o indefensável (o aumento da taxa do IVA de 5% para 6%), Sócrates mostrou que já não diferencia a realidade da ficção.
Quando se equipara um refrigerante ao leite e ao pão, para defender o indefensável (o aumento da taxa do IVA de 5% para 6%), Sócrates mostrou que já não diferencia a realidade da ficção.
Para ele avatar é a realidade e a sopa dos pobres a ficção.
Esta crise necessita de sacrifícios.
Mas precisa também de políticos crescidos.
A trapalhada em que se encontra Portugal deve muito ao que Sócrates fez nos últimos anos.
A desculpa para os seus erros não pode ser um refrigerante com borbulhas.
Na primeira legislatura Sócrates teve tudo para reformar o Estado e para definir um modelo económico para Portugal.
Agora é tarde.
Esta crise é de identidade.
Porque é uma crise de quem nunca cresceu politicamente e que faz da política um jogo do Ken e da Barbie.
Esta crise tem a ver com a reforma do Estado. Aumenta-se o IVA de produtos essenciais, mas não se tem a coragem de acabar com uma figura jurássica do Estado: os Governos Civis.
Para que servem, para além de serem clubes de empregos políticos?
Os Governos Civis ocupam-se de funções que qualquer serviço do Estado faria.
Mas esta é a riqueza oculta de um Estado que diz para poupar e que lança impostos sobre o pão e o leite.
Os Governos Civis são glutões da riqueza dos contribuintes.
Sócrates, quando pôde, não promoveu a verdadeira reforma: a do Estado.
Agora, feito em fanicos, afaga as suas mágoas em refrigerantes com gás.
F.S.
3 comentários:
Pode ser que falem das vossas mães!
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