segunda-feira, 17 de maio de 2010

GOVERNOS CIVIS PARA QUÊ?

Quando um primeiro-ministro coloca um imposto ao nível de um refrigerante, torna-se ele próprio um detergente. 
Mas há dislates que são como nódoas: não se limpam. 
Quando se equipara um refrigerante ao leite e ao pão, para defender o indefensável (o aumento da taxa do IVA de 5% para 6%), Sócrates mostrou que já não diferencia a realidade da ficção. 
Para ele avatar é a realidade e a sopa dos pobres a ficção. 
Esta crise necessita de sacrifícios. 
Mas precisa também de políticos crescidos. 
A trapalhada em que se encontra Portugal deve muito ao que Sócrates fez nos últimos anos. 
A desculpa para os seus erros não pode ser um refrigerante com borbulhas. 
Na primeira legislatura Sócrates teve tudo para reformar o Estado e para definir um modelo económico para Portugal. 
Agora é tarde. 
Esta crise é de identidade. 
Porque é uma crise de quem nunca cresceu politicamente e que faz da política um jogo do Ken e da Barbie
Esta crise tem a ver com a reforma do Estado. Aumenta-se o IVA de produtos essenciais, mas não se tem a coragem de acabar com uma figura jurássica do Estado: os Governos Civis. 
Para que servem, para além de serem clubes de empregos políticos? 
Os Governos Civis ocupam-se de funções que qualquer serviço do Estado faria. 
Mas esta é a riqueza oculta de um Estado que diz para poupar e que lança impostos sobre o pão e o leite. 
Os Governos Civis são glutões da riqueza dos contribuintes. 
Sócrates, quando pôde, não promoveu a verdadeira reforma: a do Estado. 
Agora, feito em fanicos, afaga as suas mágoas em refrigerantes com gás.

F.S.

3 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Pode ser que falem das vossas mães!